Pular para o conteúdo principal

A mesa do auditório: sobre educação e educadores (por Isabella Barbosa)

Era fim de mais um congresso de educação de grande porte. Por ele passaram inúmeros especialistas, literalmente formadores de opinião que, por meio de seus discursos repletos de números, conceitos, retórica, gestaram em muitos ouvintes (pois nem todos que têm ouvidos, ouvem) ideias e ideais que tocam, em maior ou menor proporção, a questão do ensinar e do aprender, assentes no chão da escola. Não faltaram abordagens sobre métodos,  processos e contextos, sobre caminhos para a qualidade da educação. No entanto, quem tem ouvidos e quer ouvir, ouve, uma conversa de fila disso ou daquilo chamou minha atenção: "Não adianta. Eu quero mesmo é sair de sala de aula. A educação não tem jeito!". O que é isso?, pensei eu, o intuito do que ouvimos não era gerar esperança pela sinalização de caminhos a serem seguidos? 
Ao entrar no espaço destinado à última palestra, deparei-me com uma imagem esclarecedora: a mesa do auditório sendo desnudada para mudanças em sua configuração. A cena me fez enxergar: por baixo dos arranjos e toalhas douradas que conferiram beleza, destaque à mesa; sob os braços dos grandes educadores que por ali passaram e nela se apoiaram para abrirem-se a suas preleções tão pertinentes; por trás daquele quadro que denotava valor e esperança, havia madeira  desgastada e sem brilho, havia ferro descascado e enferrujado, danificado pelo tempo e pelo uso. 
Pensei, então, é mesmo assim... o espaço-tempo escola precisa ser marcado por todos os recursos e fazeres que lhe garantam sentido, significado, valor, relevância. Mas, infelizmente, em seu interior, muitos estão corrompidos, adoecidos pelos desgastes produzidos por experiências negativas, por ausências de tantas naturezas, pelo descaso de tantos sujeitos. O problema é que, diferente da mesa do auditório, essa realidade encoberta é comprometedora, paralizante e mortal... 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A multiplicação dos pães mexicanos

Essa história missionária é muito bonita e pode ser usada para falar com as crianças sobre o serviço a Deus, sobre o fato de podermos, mesmo pequenos, ser instrumentos para abençoar outras pessoas. Ao ouvi-la, há crianças que se emocionam visivelmente. Bom trabalho! Download de A multiplicação dos pães mexicanos

O menino de nove sombreiros

Esta é uma história missionária que pode ser usada para evangelizar as crianças, destacar a importância do compromisso com a verdade, entre outros fins. Para conseguir ainda mais atenção delas, use martelo, prego e madeira reais e coloque um a um enquanto conta a história. Mostre às crianças as marcas deixadas... Faça a aplicação ao final.  Deus abençoe! IMAGEM 1 Mapa do México mostrando a região onde Pablo morou em ralação aos Estados Unidos e América Central. IMAGEM 2 Pablo morava no México. Ele usava 9 sombreiros (chapéus), não porque estava frio no México (porque fica muito quente), nem porque tinha nove cabeças (porque ele tinha só uma cabeça como você e eu), mas sim porque ele vendia sombreiros. Ele sabia que podia vender nove sombreiros num só dia, o serviço estava bom e voltava para casa contente. Ele andava nas ruas gritando: - Sombreiros! Ó sobreiros bonitos! Sobreiros baratos! Só R$ 10,00.             Um ...