Era
fim de mais um congresso de educação de grande porte. Por ele passaram inúmeros
especialistas, literalmente formadores de opinião que, por meio de seus discursos repletos de números, conceitos, retórica, gestaram em muitos ouvintes (pois nem todos que têm ouvidos, ouvem) ideias e ideais que tocam, em maior ou menor proporção, a questão do ensinar e do aprender, assentes no chão da escola. Não faltaram abordagens sobre métodos, processos e contextos, sobre caminhos para a qualidade da educação. No entanto, quem tem ouvidos e quer ouvir, ouve, uma conversa de fila disso ou daquilo chamou minha atenção: "Não adianta. Eu quero mesmo é sair de sala de aula. A educação não tem jeito!". O que é isso?, pensei eu, o intuito do que ouvimos não era gerar esperança pela sinalização de caminhos a serem seguidos?
Ao entrar no espaço destinado à última palestra, deparei-me com uma imagem esclarecedora: a mesa do auditório sendo desnudada para mudanças em sua configuração. A cena me fez enxergar: por baixo dos arranjos e toalhas douradas que conferiram beleza, destaque à mesa; sob os braços dos grandes educadores que por ali passaram e nela se apoiaram para abrirem-se a suas preleções tão pertinentes; por trás daquele quadro que denotava valor e esperança, havia madeira desgastada e sem brilho, havia ferro descascado e enferrujado, danificado pelo tempo e pelo uso.
Pensei, então, é mesmo assim... o espaço-tempo escola precisa ser marcado por todos os recursos e fazeres que lhe garantam sentido, significado, valor, relevância. Mas, infelizmente, em seu interior, muitos estão corrompidos, adoecidos pelos desgastes produzidos por experiências negativas, por ausências de tantas naturezas, pelo descaso de tantos sujeitos. O problema é que, diferente da mesa do auditório, essa realidade encoberta é comprometedora, paralizante e mortal...
Ao entrar no espaço destinado à última palestra, deparei-me com uma imagem esclarecedora: a mesa do auditório sendo desnudada para mudanças em sua configuração. A cena me fez enxergar: por baixo dos arranjos e toalhas douradas que conferiram beleza, destaque à mesa; sob os braços dos grandes educadores que por ali passaram e nela se apoiaram para abrirem-se a suas preleções tão pertinentes; por trás daquele quadro que denotava valor e esperança, havia madeira desgastada e sem brilho, havia ferro descascado e enferrujado, danificado pelo tempo e pelo uso.
Pensei, então, é mesmo assim... o espaço-tempo escola precisa ser marcado por todos os recursos e fazeres que lhe garantam sentido, significado, valor, relevância. Mas, infelizmente, em seu interior, muitos estão corrompidos, adoecidos pelos desgastes produzidos por experiências negativas, por ausências de tantas naturezas, pelo descaso de tantos sujeitos. O problema é que, diferente da mesa do auditório, essa realidade encoberta é comprometedora, paralizante e mortal...
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